quinta-feira, 31 de maio de 2012

Não, eu não sou tudo isso.
Não tenho paredes fortes aqui dentro. Muito menos um coração controlável.
Ele não me obedece, ele faz o que quer, sem medir proporção ao meu corpo.
Sou frágil... aliás, sou fraca. Fraca por me render ao que me corrói. E me indispor por conta das minhas emoções, apenas minhas... Emoções mimadas, prefiro dizer assim.
Vou levantando com o embalo dos soluços. E erguendo a cabeça para um novo dia que não está tão longe... tá logo ali.
Buscar lá no meu fundo (aquele que todo mundo tem) a esperança de voltar a ser a mulher que sou.
Aquela que deixa saudade, que eu sinto saudade...
Acreditar que isso um dia vá passar...
Força! É tudo que eu preciso.

Bora, namorar, meu povo!!!!


      Fazia tempo que isso não me acontecia, de chorar de cansada. Estou aos prantos. Você já chorou de exaustão? É uma sensação estranha. Não é de tristeza, nem de dor. É o corpo chorando, pedindo para parar.

      Estou oficialmente trabalhando há mais de 24 horas agora.



      Foi uma sucessão tão grande de tropeços, derrotas e tristezas, que haja saúde.

      Meu corpo padece a cada impacto emocional ou psicológico que passo. E não tenho vivido coisas fáceis.
Mas, felizmente, as boas coisas são em maior número e me sustentam nas fases difíceis.

      É a roda da vida, dizem os budistas.
      Faço minhas, as palavras de Oswaldo...

Metade
Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio.

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante

Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a uma mulher inundada de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Por que metade de mim é o que penso
Mas a outra metede é um vulcão
Que o medo da solidão se afaste
E que o convivio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
Mas a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é a platéia
A outra metade é a canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.


terça-feira, 29 de maio de 2012

Não tenho a menor pretensão de formar opinião. Não levanto bandeiras, não sei quem sou, portanto não faço nenhuma questão de ajudar ninguem a se definir. Mas tenho certeza de algum dia, direi algo que se aproveite, enquanto isso...
Gosto de festa! Flores, música, balões de gás, bagunça... Amo... não, tenho necessidade de ser surpreendida. A rotina me irrita. E MUITO! Detesto "qualquercoisismo" e "tá bom assim"... ODEIO SEGURANÇA! Negligência me enche o saco... eu sou o sol

terça-feira, 1 de maio de 2012

Em tempo....

     Campanha da Fraternidade da CNBB, não lembro o ano, tinha um louvor lindo do qual não me esqueço, cujo refrão dizia: "Eu vim para que TODOS tenham vida. Que todos tenham vida PLENAMENTE!"
     Ó, seu Padre, não fui eu quem inventei, foi NOSSO Jesus que disse... E eu? Eu tô falando de amor...

Deus é bom!

      Nunca tive nenhuma dúvida da minha intimidade com Ele. Passados os anos, devido à minha saída estratégica pela direita do armário, essa intimidade foi posta à prova. A tal homofobia sempre foi muito velada pelas pessoas com quem me relaciono, mas sempre me perguntaram como Deus poderia falar comigo, já que...
       Deus ama o pecador , não o pecado, ainda que não considere minha opção como tal. E a Bíblia não condena, mais tarde apresentarei aqui a séria série "Homossexualidade e a Bíblia" (obrigada, Pastores Marcos e Fábio).
        Enfim, como eu divago muito, vou tentar resumir. "Nunca vi um justo sem resposta", dizia a cantora. "Tá chorando? Louve! Tá sofrendo? Louve! Precisando? Louve! Teu louvor invade o céu!" faço disso minha oração. E louvo, louvo mesmo e isso incomoda, ainda mais que Ele me ouve, e como ouve! Neguin fica p*** da vida, rsrs.  "O que aquela sapatão tem que eu não tenho?" Nada. Você que tem demais. Inveja demais, preguiça demais. Se cada um canalizasse prá si a energia gasta em criticar, discriminar e tomar conta da vida alheia, certamente teria a vida, pelo menos, mais organizada, digamos assim.Ora, gente, Deus é bom! Maus somos nós! Eu cuido da minha vida e oro. Só. Mentira! Da minha e dos meus (9, entre humanos, caninos e felinos)) filhos. Viu? Divago tanto que me perdi. Mas o recado tá dado. Cuide da sua vida e ore. Não necessariamente nessa mesma ordem. Deus é bom e nos ama. A TODOS!